quarta-feira, agosto 12

mulher independente

Ela odeia ser dependente de alguém.

Nenhum homem é, nem pode ser, dono dela. Nem ela é dona de alguém, apenas dela mesma. Lamenta às vezes não conseguir mandar o suficiente para deixar de amar cabrões e imbecis. Mas é mais forte que ela. Prefere um jantar com as amigas do que noites inteiras agarrada ao telemóvel à espera que um idiota se lembre de a amar. Ferve em pouca água quando mexem e remexem nas suas coisas e não tem paciência para gossips. Para ela amar uma mulher é ter a paciência suficiente para esperar quando se atrasam, é ouvir as suas histórias por mais secas que sejam e no fim ter uma resposta para dar ao que foi dito. Não há nada melhor do que um final de tarde na praia a fumar o seu cigarro e a ler o seu livro. Eles não gostam que ela fume, mas há-de chegar o homem que a faça deixar esse vicio. Se não se viciar no tabaco, vai viciar-se no amor e isso seria impensável. Nunca morrerá de amor, não por não gostar do sentimento - até porque gosta mais do que devia -, mas porque não quer dar esse prazer à pessoa com quem está ou qualquer outro que se atire ao bife. Os homens são demasiado previsíveis e adoram a ideia de uma mulher louca de amores por eles. Ela sabe estar e não suporta ouvir as pessoas mastigar de boca aberta, arrepia-lhe beijos no pescoço e é apaixonada por bons filmes, aqueles que a fazem entrar no ecrã e esquecer o que está cá fora.

Até hoje espera pela pessoa que entre na sua vida e que permaneça, não porque a quer levar para a cama, mas para ter o orgulho e a felicidade de a ter todos os dias ao lado.

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