O amor é uma casa vazia que se vai enchendo aos poucos. É uma curva perigosa na qual só saímos vivos se soubermos conduzir os nossos sentimentos. Coloca os pés no chão, e não voes sempre. Alguém me disse isto um dia e eu preferi ignorar, como teimo em ignorar todas as palavras que não vão de encontro ao que eu sou. Sofro deste mal. Prefiro voar, voar sempre. Prefiro conduzir-me no silêncio das altitudes. Teimo em sair da minha zona de conforto a bater as asas. Volto sempre mas vou. E foi nas altitudes que te encontrei. Somos tão pequenos dentro deste mundo que às vezes penso na razão que levou-nos a tropeçar um no outro. Mas acabámos por voar juntos nesta aventura, sem reconhecer os nossos limites, sem se quer questioná-los a nós próprios. Existem limites que nunca vamos conhecer, o do amor é um deles. Limites que se podem tornar erros, erros que podem ultrapassar todos os limites. Somos a eterna aventura um do outro. Tu e eu. Quão maior pode ser este erro? Quão maior pode ser a minha vontade de errar, todos os dias, contigo?
Sem comentários:
Enviar um comentário