Comecei a gostar de ti quando disse a alguém que seria impossível isso acontecer. Apaixonar-me por ti foi um risco. Depois de várias quedas que dei, conhecer-te e levantar-me novamente, foi um ato de loucura. Sempre quis que houvesse um bocadinho dela na minha vida. E que permaneça sempre. E que maior parte dos passos que eu dê sejam um risco, e que valha a pena vivê-los. Numa bolha se sabão, apenas os dois, fomos criando sorrisos, fomos sendo um do outro aos bocadinhos, fomos brincando às escondidas com as pessoas que nos rodeavam. Hoje pergunto-me o porquê de termos escondido pequenos atos de amor, quando o nosso amor percorreu rapidamente as nossas veias. Quando criámos tudo tão verdadeiramente. Nunca vi nada assim, acreditas? Tão verdadeiro, tão puro e tão interminável. Voamos contra o vento, que nos faz chocar um com o outro e trazer ainda um bocadinho da perfeição que conseguimos ser. Conseguimos ser a leveza em tudo o que pousamos, conseguimos ser muitas vezes a dor que não nos pesa no peito. A dor que passa dentro de abraços puros que demos em noites tingidas de constelações. Conseguimos ser o olhar inquieto nas ondas que iam e vinham, nas estrelas que caíam. Sei que seremos sempre um bocadinho um do outro, e que seremos sempre a diferença na vida de cada um de nós. Hoje pergunto-me porque é que fugimos do mais bonito que podemos ser.
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