tag:blogger.com,1999:blog-72254969708133835552024-02-07T14:38:38.441-08:00Filipa Eça Fonsecafilipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-57999353016844062492018-01-06T20:39:00.000-08:002018-01-06T20:39:11.237-08:00o meu romantismo mete-me nojo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4qIGNNC6K-1tSoom4tqoXOcMLaR9VBMFaryU1VzWoPqYoCGosPmNsq3JleS3augMQItSTQx9pdma8TtdIpNjPerJ0iUEIHJdsw-bcBwww4B_ZRXnDEkdoyEvFKDDqRxvIuTohcQaYP-M/s1600/26609853_1725282917492710_2028408095_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4qIGNNC6K-1tSoom4tqoXOcMLaR9VBMFaryU1VzWoPqYoCGosPmNsq3JleS3augMQItSTQx9pdma8TtdIpNjPerJ0iUEIHJdsw-bcBwww4B_ZRXnDEkdoyEvFKDDqRxvIuTohcQaYP-M/s400/26609853_1725282917492710_2028408095_o.jpg" width="400" /></a></div>
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Do que é que eu serei mais feita para além disto que sou? Pergunto-me várias vezes e ele responde-me várias vezes que sou feita do amor que sinto, dos leves pensamentos que passam por mim, do tempo que eu tento apanhar, dos sorrisos que ficam tatuados nas paredes do mundo. Eu não agarro nada, tudo passa com uma leveza simbólica, eu vou deixando ficar ou deixando ir. Não me importo, não quero saber mais do que não agarrei mas do que irei agarrar quando eu quiser. </div>
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Ele diz que transbordo amores, e que os amores que eu amei farão parte da minha leveza. Eu amei. Eu fiz. Eu disse. Eu fui. É importante que acredite no que fui capaz de fazer e no que sou com base nisso. Vesti-me tantas vezes de nostalgias e dancei ao sabor do tempo. É mágico. É bom viver e reviver o que passou e o que continua a passar. Nada me obriga a fazer as malas de passados em cinzas, ao invés deixá-los ir com calma. Com a mesma calma que eles vieram quando ficaram tão presentes. É o segredo, acreditar. Acreditar que tudo tem a sua leveza e a sua simplicidade. </div>
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Ele diz que é por tudo isto que às vezes deixa de doer. Não é. Ser leve não me faz deixar de sentir o que aperta, o que corta, o que tira o ar. Ser leve faz-me sentir tudo com a certeza de que passa. Se o tempo não congela quando nos levantamos, não pode congelar quando caímos. Se o tempo não congela quando sentimos amor, não pode congelar quando esse amor quiser abandonar o meu peito. O meu romantismo mete-me nojo. Mas dá-me certezas. Dá-me paz. Faz-me acreditar.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-74413293584415111832017-12-19T17:42:00.001-08:002017-12-20T05:21:58.395-08:00um dia que sejamos maiores que o nosso amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj11-CVgNyT37cxYcLMRDp_WK8m0Q-Rn5YtZxPTRi2o0ZSW5qhtK2f4xpRMqxM6z3FjshNSjCWNsmDomQjxAIJDx0FpWIDEZ-hiePxf-iArQtjsTdZfrBUf819WDpGcJcPjd1zZQ0CL0A/s1600/21552096_1617912558229747_314338839355934709_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="810" data-original-width="1080" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj11-CVgNyT37cxYcLMRDp_WK8m0Q-Rn5YtZxPTRi2o0ZSW5qhtK2f4xpRMqxM6z3FjshNSjCWNsmDomQjxAIJDx0FpWIDEZ-hiePxf-iArQtjsTdZfrBUf819WDpGcJcPjd1zZQ0CL0A/s400/21552096_1617912558229747_314338839355934709_o.jpg" width="400" /></a></div>
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Procuras-me cá fora e aqui estou eu, de livro na mão e de cigarro na outra, deitada na cama de rede. Ao meu ouvido sussurras-me que a tua vida tem de ser feita sempre disto, de mim e da tua visão perfeita de quando me encontras. Abraças-me e ao mesmo tempo convences-me, no meio de gargalhadas matinais, que o teu olhar é fotográfico e que tens em ti todas as minhas fotografias de simples momentos que te fazem apaixonar. Como este. Enquanto te afastas, percorro atentamente com o meu olhar as linhas do teu corpo. És perfeito no meio de toda a tua imperfeição. Sobes as escadas da piscina, olhas-me como se já não soubesses que te observo. Mergulhas. A vida podia ser feita apenas disto, de nós os dois e deste amor. Mas não é. A vida é muito mais e o amor não pode ser só isto. Não é. Podia explicar-te que todas as tuas viagens deixam-me vazia por dentro, que todos os teus sorrisos deixam-me saudade e que os teus abraços aquecem-me a alma. Podia sentar-me nas tuas pernas e explicar-te tudo isto, ao invés vou amar-te mais um pouco no meu silêncio e observar-te todos os dias quando acordo ao teu lado. E o amor não é só isto, é enorme e nós ainda somos tão pequeninos dentro dele. As gôtas de água escorregam por todo o teu corpo. Arrepio-me. Fechas o livro que finjo ler, colocas-me nos teus braços e levas-me. Fazes-me acreditar que isto será eterno. Sinto a tua respiração a percorrer o meu corpo, olhas-me nos olhos, agarras-me no cabelo e decides amar-me. Existem momentos que podiam durar para sempre e este é um deles. Um dia que tudo isto termine, um dia que sejamos maiores que o nosso amor, quero que saibas que ninguém se pode minizar para caber seja onde for, mas o amor existe por mais pequeno que seja.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-80929930978379471812017-10-31T14:46:00.001-07:002017-10-31T15:19:44.668-07:00no meu lugar preferido: eu vi, senti e vivi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir87UmJGOtk31Hr6QYE3v_4d0KsHR4o9zAdf4r1GBdijrm4fcVTpoBZxkMVgpVmlgFnafKMUeWBtWQwqu5R6HpOcGRQ2tHHotyDnOe13q9OvYxC3ELlrgwKzZIk_B2PP9xCjBQhb9jCGI/s1600/received_1575341565814641.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1001" data-original-width="1334" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir87UmJGOtk31Hr6QYE3v_4d0KsHR4o9zAdf4r1GBdijrm4fcVTpoBZxkMVgpVmlgFnafKMUeWBtWQwqu5R6HpOcGRQ2tHHotyDnOe13q9OvYxC3ELlrgwKzZIk_B2PP9xCjBQhb9jCGI/s400/received_1575341565814641.jpg" width="400" /></a></div>
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No meu lugar preferido vi relações a começarem e a acabarem; vi crianças a quererem ser crescidas e adultos a serem crianças; vi flores a nascerem e folhas a cair; vi o sol a acordar e a lua a deitar-se - naquelas noites mágicas em que, debaixo das estrelas, a minha almofada era o teu colo -; vi idosos a darem a mão e jovens a fujirem do amor; vi casais a fazerem as suas promessas eternas e vi mentiras a cairem aos pés dos mesmos; vi abraços de despedida e abraços de chegada; vi saudades sentidas e apertos de mão insignificantes; vi traições e vi romances puros; vi lágrimas de abandono e lágrimas de felicidade; vi casamentos e divórcios; vi corações quentes e corações frios.</div>
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Encontrei-me no meio de tudo aquilo que acontecia à minha volta, até que me vi em todas aquelas pessoas e situações, vividas ou não mas eu estava lá, sempre estive. Fui e continuarei a ser espectadora de todos eles e nenhum deles me vê ou sabe até da minha existência. Mas ali é o meu lugar preferido. A vida acontece em pequenos lugares. E a vida pode ser muita coisa. <i>Tens medo? Tens medo de viver e reviver tudo o que já passou por ti? Tens medo de já não saber como amar, como sentir a saudade bonita, como sentir que o abraço já não te sabe ao mesmo? Tens medo de mudar de lugar? </i><i>Foda-se</i> foi a minha resposta. E foi a resposa perfeita de quem nem sequer pensou que se pudesse sentir medo nestas coisas. Tenho medo que as palavras acabem, tenho medo de não saber como te escrever mais. Medo que este meu lugar preferido fique vazio e que toda a vida que eu criei nele seja esquecida. Medo que o amor se perca nas linhas tortas que desenham em corpos alheios.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-59995365232068992572017-10-28T20:19:00.002-07:002017-10-28T21:10:07.844-07:00viver depois de ti<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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O tempo ultrapassa os ponteiros do relógio e leva as merdas que aprendi a gostar: os dias felizes que me fizeram sentir viva, as pessoas que amei e até aquelas que podiam ter ido mais cedo, a bebedeira que me fez esquecer, o cigarro que me fez lembrar. Mas permanece tudo. Em mim, nos lugares e em ti. Tudo o que ele decide levar, continua agarrado a mim. Não porque sou obrigada a viver com, mas porque não faria sentido viver sem. </div>
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Gosto de memórias e gosto de sorrir para elas. Há quem me diga que não vale a pena alimentá-las. As memórias não se alimentam. As memórias são quadros que foram pintados por nós ou por quem nos ensinou a ser pintor do nosso tempo. Um tempo que por mais incompreendido, ou não, acabou por passar à frente dos nossos olhos. E teremos que saber viver com isso, com as voltas que nos deixam tontos e enjoados, com a rapidez do tempo que nos derrubou. </div>
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A nossa única solução é viver, é lembrar e esquecer, é ir e voltar - acabamos sempre por nos esquecer de alguma coisa, nem que seja de um abraço que ficou fora da nossa bagagem - e ir novamente. Ninguém me ensinou a viver depois de ti. Mas ensinaste-me que o maior segredo de um amor que acaba por morrer, é deixá-lo permanecer em silêncio dentro de nós. Guardá-lo com carinho. E saber viver com isso, e depois disso.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-20113625970197956392017-06-25T09:41:00.000-07:002017-06-25T09:41:05.621-07:00prefiro voar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFgAsLbZ-MPlQD4wCKdklV_ZT5ebDCSHdTldDtY-VNp60bbA5eLFvRcnWuhp2Vo_7NudoqQvP0xpLq0ug8jHThJYHYK0mD7Qg1fxhiAYg6GlYBsPNRQG69WPCFBXRYrK1wc4wpUk77ARA/s1600/hj.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1266" data-original-width="1134" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFgAsLbZ-MPlQD4wCKdklV_ZT5ebDCSHdTldDtY-VNp60bbA5eLFvRcnWuhp2Vo_7NudoqQvP0xpLq0ug8jHThJYHYK0mD7Qg1fxhiAYg6GlYBsPNRQG69WPCFBXRYrK1wc4wpUk77ARA/s400/hj.jpg" width="357" /></a></div>
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O amor é uma casa vazia que se vai enchendo aos poucos. É uma curva perigosa na qual só saímos vivos se soubermos conduzir os nossos sentimentos. <i>Coloca os pés no chão, e não voes sempre. </i>Alguém me disse isto um dia e eu preferi ignorar, como teimo em ignorar todas as palavras que não vão de encontro ao que eu sou. Sofro deste mal. Prefiro voar, voar sempre. Prefiro conduzir-me no silêncio das altitudes. Teimo em sair da minha zona de conforto a bater as asas. Volto sempre mas vou. E foi nas altitudes que te encontrei. Somos tão pequenos dentro deste mundo que às vezes penso na razão que levou-nos a tropeçar um no outro. Mas acabámos por voar juntos nesta aventura, sem reconhecer os nossos limites, sem se quer questioná-los a nós próprios. Existem limites que nunca vamos conhecer, o do amor é um deles. Limites que se podem tornar erros, erros que podem ultrapassar todos os limites. Somos a eterna aventura um do outro. Tu e eu. Quão maior pode ser este erro? Quão maior pode ser a minha vontade de errar, todos os dias, contigo?</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-52578538942089154272017-04-23T18:45:00.002-07:002017-04-23T18:45:42.149-07:00instantes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Torná-mo-nos nos instantes mais bonitos do mundo. Nos instantes mais leves. Torná-mo-nos no tempo que nos levou e que agora é nosso. Torná-mo-nos no mais bonito minuto da despedida, no mais bonito minuto da minha cabeça no teu peito, no mais bonito minuto da respiração que me arrepia o pescoço. Somos as palavras que são ditas entre os nossos olhares. Somos os momentos que construímos no meio da nostalgia. Somos os lábios que se tocam novamente na mais pura excitação do reencontro. Somos a pele arrepiada que se deixa levar pelo instante. Somos o relógio na hora certa. Somos o choque dos números na nossa matemática. Somos as palavras cruzadas que tentam descobrir. Somos o silêncio da madrugada que nos envolve. Somos a música que nos faz chorar. Somos a leveza das lágrimas de felicidade. Torná-mo-nos, e somos, nos instantes mais bonitos do mundo, nesses onde ainda reside o amor. O nosso.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-36860351387230974312017-04-16T17:41:00.001-07:002017-04-16T18:22:52.338-07:00o impossível mais bonito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Comecei a gostar de ti quando disse a alguém que seria impossível isso acontecer. Apaixonar-me por ti foi um risco. Depois de várias quedas que dei, conhecer-te e levantar-me novamente, foi um ato de loucura. Sempre quis que houvesse um bocadinho dela na minha vida. E que permaneça sempre. E que maior parte dos passos que eu dê sejam um risco, e que valha a pena vivê-los. Numa bolha se sabão, apenas os dois, fomos criando sorrisos, fomos sendo um do outro aos bocadinhos, fomos brincando às escondidas com as pessoas que nos rodeavam. Hoje pergunto-me o porquê de termos escondido pequenos atos de amor, quando o nosso amor percorreu rapidamente as nossas veias. Quando criámos tudo tão verdadeiramente. Nunca vi nada assim, acreditas? Tão verdadeiro, tão puro e tão interminável. Voamos contra o vento, que nos faz chocar um com o outro e trazer ainda um bocadinho da perfeição que conseguimos ser. Conseguimos ser a leveza em tudo o que pousamos, conseguimos ser muitas vezes a dor que não nos pesa no peito. A dor que passa dentro de abraços puros que demos em noites tingidas de constelações. Conseguimos ser o olhar inquieto nas ondas que iam e vinham, nas estrelas que caíam. Sei que seremos sempre um bocadinho um do outro, e que seremos sempre a diferença na vida de cada um de nós. Hoje pergunto-me porque é que fugimos do mais bonito que podemos ser.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-34565070158781858762017-02-10T11:32:00.001-08:002017-02-10T11:33:32.360-08:00a mais parva ideia de se ser eterno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD6B9xXwnsbh3e6k1EBHNmOsudkHwFJzMhpbZfz3ZeBS2JO0yOiInXEyNxPccON1XgnHdmdqEJypHr7Ucp9Vco0CMHUhew5ck6RrOVnhLDZIJUuEU8M_7oa6TPpp_rf9tv4aq0lp-OdQ0/s1600/13403984_1185941368093537_1837903511476605335_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD6B9xXwnsbh3e6k1EBHNmOsudkHwFJzMhpbZfz3ZeBS2JO0yOiInXEyNxPccON1XgnHdmdqEJypHr7Ucp9Vco0CMHUhew5ck6RrOVnhLDZIJUuEU8M_7oa6TPpp_rf9tv4aq0lp-OdQ0/s400/13403984_1185941368093537_1837903511476605335_o.jpg" width="400" /></a></div>
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A minha eternidade move-me nas ruas que vou percorrendo. A minha eternidade é a mais parva ideia de que serei eterna onde passei. Eterna aos olhos de quem me viu passar, de quem me viu inalar as maiores mágoas e sorrisos que já ali se arrastaram. Eterna nas mãos de quem já me segurou e guardou, de quem me lançou aos mares que me afogaram anteriormente.</div>
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Sei que o eterno está dentro de mim, porque quando ouso pensar que tudo termina, tudo recomeça. E recomeça sempre. Até ao ultimo grito que darei no ultimo caminho que percorro. Sou feita de palavras e construo palavras feitas de mim. Sou as palavras que me custaram engolir e as que devorei de uma só vez. Sou tudo aquilo que se torna eterno nos meus braços. Sou as pessoas que passaram por mim e que levaram consigo um fio de cabelo meu no ombro. Sou as pessoas que foram e que não voltaram. E sou aquelas que pegaram em mim e me levaram eternamente nelas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Tenho em mim todas as certezas do mundo, até quando não as tiver. Todas as pedras até quando não houver construção possível. Sou uma mistura de incertezas quando a minha maior certeza é ir. Apenas ir. Incerta, ou não. Mas ir. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Ensinaram-me a ir sempre. E quando se vai, pode-se não voltar. Aí serei uma mistura de certezas quando a minha maior incerteza será voltar. Voltar é a maior prova de não saber apenas ir. E eu continuo a ir, ao encontro da eternidade do que eu sou.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-63135314857745605712016-12-03T13:34:00.001-08:002016-12-03T13:34:31.501-08:00que volte o que era eterno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxUrIxzZqEkN9G1N2IZM9-vGL2j44DNnG_3_OE_WJ0d_QP1FtJaB3nS5-Ye3G7vGE7k0D9afD1VyMwQSV7nFMm2Ze6FiC4yufg5SAxLGMxz59jiXMn9fZRfNwzfK1UpFKmkfbGaB1BYOU/s1600/dfds.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxUrIxzZqEkN9G1N2IZM9-vGL2j44DNnG_3_OE_WJ0d_QP1FtJaB3nS5-Ye3G7vGE7k0D9afD1VyMwQSV7nFMm2Ze6FiC4yufg5SAxLGMxz59jiXMn9fZRfNwzfK1UpFKmkfbGaB1BYOU/s400/dfds.png" width="396" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Sabes, já me esqueci do que não é ter saudades tuas. Já me esqueci do que não é chamar por ti bem dentro do meu coração. Já me esqueci do teu verdadeiro toque. Já me esqueci dos teus verdadeiros e quase eternos beijos na minha testa. Sinto a tua falta. E o que não é sentir a falta de um amor que pensamos ser eterno? O amor entra em todas as portas das nossas vidas. e na minha tiveste o prazer de entrar em todas elas, não quis trancar nenhuma. Com o intuito que me pertencesses. Que eu te pertencesse. Sinto a tua falta. Acho que são poucas as pessoas que sentem o verdadeiro abandono de alguém que nos é muito. Talvez imaginamos, lá ao fundo, um adeus que apenas está a querer mergulhar num espaço onde não pertencemos. Por breves minutos, que pensamos ser uma vida. E doí. Doí muito. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
O amor merece tempo, espaço, merece tudo. Mas ninguém quer acreditar nisso, certo? É como se sentíssemos pegadas de elefante a esmagar o coração. E tu sempre foste tão delicado a passear dentro do meu. Não mudes, não deixes o barco afundar. Penso que muitas vezes são as pequenas coisas que mudariam a vida de duas pessoas apaixonadas. Um simples e verdadeiro sorriso. Um sorriso que seja mais forte que qualquer abraço. Um olhar discreto e derretido quando ninguém está a ver. Nem mesmo o nosso alvo. Um carinho na mão. Algo que nos faça sentir o real motivo de estarmos naquele sitio, àquela hora. E que, no fim de tudo, todo aquele cenário se torne nos nosso preferido. Sinto a tua falta.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Sabes, já me tinha esquecido do que era explicar às minhas palavras a falta que me fazes.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Mas desta vez não em segredo.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-86505202905268782352016-10-08T13:03:00.000-07:002016-10-08T13:03:18.686-07:00medo das palavras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlzbNj6Hc4EK0GyxJUYSpqUt77vJ3hTzGlMreKuUq4V9xIkx-DcG8k8guENAEj9Yw_NLmj5t9E36WTt3k50Vd1W8729AC6a9cjqKmp9-kA0BVNiLmYZjwALklu-zOxagj-ayirfbjpPrg/s1600/13738094_1216107555076918_782845050255809796_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlzbNj6Hc4EK0GyxJUYSpqUt77vJ3hTzGlMreKuUq4V9xIkx-DcG8k8guENAEj9Yw_NLmj5t9E36WTt3k50Vd1W8729AC6a9cjqKmp9-kA0BVNiLmYZjwALklu-zOxagj-ayirfbjpPrg/s400/13738094_1216107555076918_782845050255809796_o.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: "Crimson Text"; font-size: 15.4px; text-align: justify;">
No meio de palavras absurdas que muitas vezes escrevi - para quem quer que fosse ou mesmo para ninguém - percebi que algumas tinham um lugar especial no meu coração. Mesmo que não chegassem aos olhos de alguém. Sei que quem escreve tem algo de diferente dentro de si. Sei também que quem escreve não pretende alcançar a perfeição no conjunto de palavras que constrói, mas sim a leveza de si mesmo. E isso eu sinto com toda a força dentro de mim. As minhas palavras são o espelho de tudo o que eu já passei e não passei. De tudo o que vi e não vi. As minhas palavras não são o espelho de quem quer voltar ou de quem quero de volta. As minhas palavras são o espelho de todos aqueles que apenas foram. Ou de todos aqueles que apenas ficaram. Nunca as usarei para trazerem de volta os meus sentimentos. Mas sim para serem o espelho do que eu sinto, ou não, no momento em que as escrevo.</div>
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: "Crimson Text"; font-size: 15.4px; text-align: justify;">
Nunca quis despedaçar corações, nunca quis que ninguém mudasse por completo por mim, nem pelas palavras que escrevia e escrevo. Não tenho o intuito de que alguém sinta o que sinto, ou o que as minhas palavras transmitem, mas que esse alguém saiba que não é o único a senti-lo.<span style="font-size: 15.4px;"> Sinto apenas que ainda existem pessoas que se escondem do amor, do arrependimento, da angústia. Que fogem do passado, de quem as magoou, de quem quis ir embora, ou de quem sentem saudades. E eu escrevo para essas pessoas. Escrevo também para mim, que muitas vezes jogo às escondidas comigo mesma e que muitas vezes sinto medo de me encontrar. E de descobrir os meus sentimentos. Estou em luta constante comigo mesma. Admito que muitas vezes tenho medo de usar certas palavras, ou mesmo de escrever o que sinto. Mas a verdade é que nem sempre escrevo o que sinto ou o que quero, escrevo sim sobre o que os outros sentem e querem. Já tive medo das minhas próprias palavras, de tão fortes e verdadeiras que eram. Como também já senti medo das que não sabia escrever, por não ter talvez a coragem de as engolir.</span></div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-43224912795342385932016-10-06T11:18:00.002-07:002016-10-06T11:29:04.414-07:00amnésia de ti<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilyMIF10RdDr8Bg0wmg-SOeHcc8hiXofQu9b3bLbDvo4dafACDM5H_pPVqBrY6nJs_Yr9znWZY5Gz-IiWMUAvZKC4l-QGG4cyh37e6Ox26-nA0jebGAralaY99yBUGwtfhNS9RTFktTHU/s1600/Sem+T%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilyMIF10RdDr8Bg0wmg-SOeHcc8hiXofQu9b3bLbDvo4dafACDM5H_pPVqBrY6nJs_Yr9znWZY5Gz-IiWMUAvZKC4l-QGG4cyh37e6Ox26-nA0jebGAralaY99yBUGwtfhNS9RTFktTHU/s400/Sem+T%25C3%25ADtulo.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E se eu de um dia para o outro nunca mais me lembrasse de ti?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E se eu amanhã nem se quer soubesse o teu nome?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Amavas-me?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Cuidavas de mim?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Lutavas? Ou desistias?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Hoje lembro-me de ti. Mas amanhã posso-me esquecer.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E enquanto lembrar-me de ti e tu de mim, quero que saibas que amanhã continuarei a amar-te.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Enquanto isso acontecer, não vou querer que o tempo perca a minha memória. Mas pode acontecer.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E se eu de um dia para o outro não te beijasse mais, nem reconhecesse a tua pele?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E se amanhã a tua voz, para mim, não tivesse qualquer significado?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Amavas-me?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Cantavas para mim todas as noites?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Lutavas? Ou desistias?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Hoje gosto de ti. Um intenso gostar que eu não quero perder.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Amanhã posso-me esquecer de gostar de ti, de gostar de ti todas as noites quando nos deitamos, ou todas as manhãs quando sou acordada com um beijo teu.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E se eu de um dia para o outro olhasse apenas para ti? Sem amor.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E se eu amanhã não te desse mais a minha mão?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Amavas-me?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Tocavas-me?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Lutavas ou desistias?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E se amanhã?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Recorda-me se não me lembrar de ti.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Escreve o teu nome num papel se eu não o souber mais.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Beija-me e deixa-me reconhecer a tua pele.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Canta para mim se eu já não me arrepiar mais com a tua voz.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Olha para mim, com amor.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Dá-me a tua mão.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Ama-me.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-21983731426972383542016-08-14T11:08:00.001-07:002016-08-14T14:59:21.939-07:00se isto é amor, que seja<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj23xO4LyFENzCr8TI_RQTG0WVK3FrgUka3pZL6vzQkMN4NVfPNrLkgX-wjs4gGCloKFsz1mC2dIxIMWpndmqSF3Bjc6M3PR8kB8SZTu8ecgs1xhC3K3jzfCZwN6Be9RSPKBY69PcI_AyM/s1600/13640720_1217358818285125_2636470402646797117_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj23xO4LyFENzCr8TI_RQTG0WVK3FrgUka3pZL6vzQkMN4NVfPNrLkgX-wjs4gGCloKFsz1mC2dIxIMWpndmqSF3Bjc6M3PR8kB8SZTu8ecgs1xhC3K3jzfCZwN6Be9RSPKBY69PcI_AyM/s400/13640720_1217358818285125_2636470402646797117_o.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Tento procurar-te às escondidas. Grito pelo teu nome e sonho tantas vezes contigo. Todos os finais de tarde são de loucura, mais um dia que a minha companhia é apenas o teu cheiro e o meu whiskey. Seria realmente estúpida se dissesse que sinto a tua falta e é verdade, talvez esta seja mesmo eu. Deixa-me cair de joelhos no chão e gritar comigo mesma, deixa-me tentar tirar todas as pedras de gelo que engoli e em que me tornei. Entrego-me várias vezes ao escuro da nossa casa para ouvir a tua voz a chamar por mim, espero que acenda uma luz e me dê sinais de ti. Se o amor é isto, que seja. Se é loucura, que seja.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Fazes-me falta e não me sais da cabeça. Dá-me um tiro no coração para deixar de o sentir. E não será por isso que eu morrerei, tal como nunca morri de amor por ti, tal como nunca me mataste por inteiro. Talvez porque não te dei tempo para isso, ou porque não foste suficientemente forte para me abandonares na altura. O amor não era para mim e foi por isso que te deixei a flutuar na espera de alguém melhor. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Desculpa por todas as minhas bebedeiras, todos os pratos partidos no chão da nossa cozinha, todos os cigarros mal apagados na revolta de mim mesma. Mas o amor não era para mim. Quis gostar realmente de ti sem eu saber como fazê-lo, e quando foste embora entendi que não tinhas que ser tu a explicar-me, aprende-se e o amor consegue fazer milagres. Posso-te dizer que estou pronta para ti, para nós e para todo o tempo que eu desperdicei a tentar encontrar uma explicação para a minha falta de lucidez relativamente ao que era nosso e ao que tu querias ser comigo, tudo o que eu nunca queria ser contigo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Vou procurar-te até à ultima onda do mar, até ao último grão de areia. Se isto é amor, que seja. Eu deixo o álcool e embebedo-me de ti. Eu largo todas as minhas manias. Faço do meu mundo o teu, faço das tuas pegadas as minhas para te encontrar. Mergulho onde mergulhares, atiro-me onde te atirares, até chegar a ti. Faço de mim a tua maior certeza. De mim, o teu maior amor.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Se isto é amor, que seja.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-25430337226594309782016-07-16T22:17:00.003-07:002016-07-16T22:17:57.577-07:006:00h<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh12xt4DZSc3kieB857B1AC1vPSOPF278n2coUGqQigm2shO1mvEM4iq49tsYl3Gi2z31lkqYLYEHi21BPW8jFS9uM5TktaoKCElgzD7NMCDGQxFqs_9QA6NMSeLaRhmYbxRAJynXIw5SA/s1600/13392062_1183510451669962_6419405402983968652_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh12xt4DZSc3kieB857B1AC1vPSOPF278n2coUGqQigm2shO1mvEM4iq49tsYl3Gi2z31lkqYLYEHi21BPW8jFS9uM5TktaoKCElgzD7NMCDGQxFqs_9QA6NMSeLaRhmYbxRAJynXIw5SA/s400/13392062_1183510451669962_6419405402983968652_o.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Vi sombras nos meus sonhos que pareciam as tuas. Senti cheiros que eram os teus, isto se ainda não os esqueci. Acordei exaltada como se me tivesses tocado no coração, como se estivesses ali sentado no meu chão a pedir-me que te ouvisse. Como? Eu senti-te e não quero sentir medo por isso ter acontecido, quero apenas sentir que, por alguma razão, tu estavas ali. Não há explicação para o perfeito alinhamento do teu perfil que apareceu em sombras nos meus cortinados, sonhei eu. E eu sonho tanto, tanto que me faz explodir todos os sentidos e acordar para puxar todos os meus sonhos para a minha realidade e ser espectadora do seu desenrolar. Sei que os tenho por mil e um motivos, sei que sinto o que vejo porque talvez senti demais em outrora ou porque nunca o senti antes.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Há palavras que ficam por dizer, não é? Há palavras que na altura foram esquecidas ou então nunca pensadas e por isso ficaram paradas no tempo. Então diz-me. Mesmo que não te oiça, mesmo que essas palavras não apareçam escritas nas paredes do meu quarto, diz-me. Não me deixes cair no sono da tua ausência, não me faças arrancar o coração da saudade que tenho em mim. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Ainda existem sonhos perfeitos, os que tenho contigo. Existem tantas coisas sem explicação que eu não quero perceber e ficam assim, na minha gaveta das dúvidas para mais tarde pensar, para mais tarde virem outras que me façam perceber essa. É uma bola de neve de pensamentos que me assalta, que eu deixo que me assalte. Afinal somos uma mistura de certezas e incertezas, tudo faz parte de nós até que entra na nossa vida. Assim que coloquei os pés no chão, desapareceste. Procurei-te. Nada. Quero acordar com palavras soltas na minha almofada e fazer delas um livro. Cada vez mais te relembro e cada vez mais sinto que ficou alguma coisa por dizer.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Que tudo o que fique por dizer, seja a saudade a escrever. Que tudo o que fique para dizer, me traga todos os dias a tua sombra na minha janela.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-57687863293533586882016-06-29T13:06:00.001-07:002016-06-29T13:22:19.952-07:00vinho?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLZoSvcV8MfW4-_QTwRDC6e9FU63Pwg5JABpITX9BMLVFO_cybsYEQhPGXU_HyNc4o94NrfU8BbAsYmgxrTQJuJTEelsg4KSjBhPc8EC6B9iEptk4h1HnQjIS22IfxIJfclJLnsp61cpc/s1600/12636928_756060941190714_590078073_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLZoSvcV8MfW4-_QTwRDC6e9FU63Pwg5JABpITX9BMLVFO_cybsYEQhPGXU_HyNc4o94NrfU8BbAsYmgxrTQJuJTEelsg4KSjBhPc8EC6B9iEptk4h1HnQjIS22IfxIJfclJLnsp61cpc/s400/12636928_756060941190714_590078073_o.jpg" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Nove da noite. O telefone toca.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
- Vinho?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
- Vem.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Desde que nos conhecemos que meias palavras bastam. Desde que os nossos olhares se cruzaram que percebemos que não vale a pena fugir do que é óbvio. Do amor e da pura sensação de nos sentirmos amados e confortáveis. Conheci-o no meio de loucos, de pessoas instáveis de coração nas mãos, no meio de ruas onde havia a duvida, a instabilidade, a falta de qualquer coisa. Gostava daquela pessoa. Gostava de tentar perceber o que acontecia dentro daquela cabeça quando se cruzava comigo, por coincidência, ou não. Escondia-se atrás do fumo dos cigarros, frente a frente - discretos -, tocava nas minhas pernas com a ternura de um homem quase apaixonado. Trocámos caricias debaixo da mesa e sorriamos para o ar, como malucos, e no fundo era mesmo isso que éramos. Quisemos criar um segredo juntos, preferimos mergulhar em olhares e toques antes de tentarmos se quer entender se tudo aquilo teria alguma espécie de essência, se éramos reais aos olhos um do outro. Sentíamos-nos iguais no meio de conversas de café que enchiam o tempo e os nossos corações.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
A campainha toca. Abro e um beijo na testa arrepia-me o corpo. Senta-se no chão, abre a garrafa, serve-me. Puxa-me por um braço e deita-me no seu peito. Depois do silêncio vem o entendimento. Somos nós, desde o primeiro dia. Tudo o que sempre quis. Uma pessoa que entende o meu silêncio e que me acompanha no mesmo, que me protege no meio dos seus abraços musculados e que me arrepia num todo com a sua respiração no meu ouvido. O ambiente está como deve estar. Leve. Apetece-me tapar todas as suas tatuagens com o meu corpo e desenhar na sua pele a minha serenidade quando me procura. Enquanto lhe mexo na barba observo todos os seus traços, adormecidos no silêncio dos nossos olhares. As paredes ouvem-nos sem termos que falar, entre cigarros marcados de batom, entre garrafas vazias, entre mãos dadas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
- Embebeda-te comigo. Quero uma noite de esquecimentos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
- Só não te esqueças de mim, Filipa.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-38659430151709093382016-06-28T13:21:00.001-07:002016-06-28T13:21:12.448-07:00fora do meu alcance<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0lT1cqRDH9-3DFE52DZOwdNMbjzSmAKQ0aHSEMDbPirKl7DL59ZorOo_cZFALtS3bfHYM5jRl07cTmC_EJwTbLwuAUHeYXOWp2O6QUOlRXD-pYfsfv42VppG7Pv_GqRW8Fq-io1lSVBE/s1600/Sem+T%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0lT1cqRDH9-3DFE52DZOwdNMbjzSmAKQ0aHSEMDbPirKl7DL59ZorOo_cZFALtS3bfHYM5jRl07cTmC_EJwTbLwuAUHeYXOWp2O6QUOlRXD-pYfsfv42VppG7Pv_GqRW8Fq-io1lSVBE/s400/Sem+T%25C3%25ADtulo.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Pareceu-me que tudo acontecia fora do meu alcance. Senti-me atrasada no tempo, sentia-me longínqua do ar que respirava, da luz que atravessava os meus olhos. Sentia-me agarrada aos ponteiros do relógio para que o tempo não me perdesse. Ao longe via os meus sonhos, os meus desejos dissiparem-se pelo céu acima, acreditando agora que a vida pode-nos levar o que ainda não nos pertence. Duvidei sempre dessas palavras, vivi diante citações absurdas que me levaram a querer acreditar que a possível verdade das mesmas fosse realmente verdade. Mas não. Cada um vive com o que acredita, com o que nasce na alma de um ser constante.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Sempre quis escrever até morrer, sempre quis que estivesse presente o entender simples das pessoas quando digo que às vezes escrevo com a alma dos outros. As palavras fazem ainda mais sentido quando nos pertencem, sim é verdade, e são difíceis de construir quando olhas ao teu redor e apetece-te vestir por segundos a pele dos outros e é encantador quando o fazes em palavras. Um escritor não escreve apenas a sua própria realidade, mas também a dos outros como se fosse sua, como se fosse totalmente verdadeira.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Talvez tenha morrido quando destruí as asas que me faziam voar, quando fechei a mala e atirei-a para fora de mim, com tudo o que era. Talvez tenha morrido quando deixei o relógio parar por muito tempo, o que me fez duvidar da distancia a que me encontrava do que é verdadeiro e real, da vida em si. Talvez tenha mesmo morrido. Talvez tenha morrido quando fui alcançada pelo errado, quando me deixei apagar nos horizontes eternos, quando percorri o mundo de olhos abertos quando a vida também se desfruta de olhos fechados. Como um beijo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Acreditei que poderia perceber-me indo para dentro de mim, ver os quadros mal pintados, os espelhos partidos e navegar nos mares mais turbulentos. Quis, sobretudo, que não houvesse horas desperdiçadas, minutos gastos pelo passar do tempo da falta de eu mesma. Mas a verdade é que o que faltou mesmo fui eu, eu e a minha estranha estupidez de alcançar tudo que me completa. Não o fiz. Preferi sentir a incompleta necessidade de alguma coisa que me queria. Preferi deixar no vazio as linhas mais verdadeiras que me uniam. Faltava o meu alcance. Faltava eu que me perdi no meio da claridade e da escuridão. Como um beijo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
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Como um beijo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Fui como um beijo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Um beijo fora do meu alcance. </div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-8691593931305895452015-12-02T19:24:00.000-08:002015-12-02T19:43:12.098-08:00o silêncio do meu ficar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMhMORlAthb2kPPJhFLMLdPSQR-noUHofkfgGkjAx7gIY66Evr_uLClFdn87fT7annK6bsOiU-wyI9m3RiHkbJ8ERIy6-KCbogquYqZDZEuGnEUYZuwKi9xHV_LGvAHTtQyg3W-AwBWOI/s1600/fs.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMhMORlAthb2kPPJhFLMLdPSQR-noUHofkfgGkjAx7gIY66Evr_uLClFdn87fT7annK6bsOiU-wyI9m3RiHkbJ8ERIy6-KCbogquYqZDZEuGnEUYZuwKi9xHV_LGvAHTtQyg3W-AwBWOI/s400/fs.png" width="342" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Mata-me sentir-te tão perto de mim. Envolves-me num olhar sedutor que só nós sentimos o que ele quer dizer, só nós sabemos o quão os teus lábios me comovem. Comecei a gostar de ti sem saber antes que o pequeno espaço em que estávamos, queria juntar-nos ainda mais. Sem saber antes que, depois de meses longe do que iríamos sentir, o tempo planeou tudo para nós. Cegas-me o coração da forma mais visível e mais romântica que possas imaginar, libertas-me da maneira mais explosiva que possas saber. </div>
<div style="text-align: justify;">
É inexplicável. É irresistível. É estúpido querermos-nos assim tanto até quando nenhum de nós se queria. Matas-me na quantidade perfeita que o meu corpo reage ao teu. Matas-me sem saberes como me matar quando os lençóis planeiam a nossa união. Matas-me sem saber eu porquê e muito menos tu. Já te disse que te quero, hoje? Já te disse que depois de vários corpos deitados a meu lado, o teu é o meu preferido? Matas-me e não me mates mais. Só daqui a um segundo, por favor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Volta para mal dos pecados do mundo e para bem dos meus. Volta mesmo que toda a gente coloque barreiras no caminho para casa, mas volta. A tua casa sou eu. A nossa casa é cada canto do mundo onde possamos partilhar os mais apetecíveis momentos, juntos. Onde possamos deitar ao mar as infinitas verdades e promessas que fazemos quando o ponteiro bate a hora da despedida. Encontrei-te sem te procurar - há quem diga que assim faz mais sentido, quando duas pessoas se juntam em silêncio - e encontrei em mim o mais simples motivo de criar o meu nada em tudo. </div>
<div style="text-align: justify;">
O nosso segredo é este: fazermos soar o nosso peito da intensidade do nosso querer, fazer escorregar as nossas mãos nas curvas mais puras que temos em nós próprios. Vejo no teu olhar a razão do meu ficar. Vejo em ti o silêncio doloroso da minha voz a chamar-te, e estavas tão longe sem saber eu que eras tu, sem saber eu que o tempo me fizesse dar-te a mão. O silêncio mata-nos de prazer. Os teus dedos fazem do meu corpo um piano. A tua boca desliza em mim como o vazar da maré. Deixa que a tua vida me toque num tempo infinito. Procura em mim a permanência dos teus olhos fechados enquanto provas o sabor do nosso amor. Fica comigo, deixa-me morar em ti.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-29578801622901856362015-11-30T17:47:00.001-08:002015-11-30T17:49:01.463-08:00senti borboletas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfhyWCKFRjg-MYZU7VK__Q1Uln4fC610Yx2GxsH4FR8XfZCFuOYH4AhH2KzKAi5PrpIl3Hy6pf1cUUzviEMAZARUiE7e92ErwF7oopFOQP9JhP8kRmbEGN-8s8aGFGArzZVR8s2dPOzU8/s1600/11828810_1015668771787465_4366510651086711476_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfhyWCKFRjg-MYZU7VK__Q1Uln4fC610Yx2GxsH4FR8XfZCFuOYH4AhH2KzKAi5PrpIl3Hy6pf1cUUzviEMAZARUiE7e92ErwF7oopFOQP9JhP8kRmbEGN-8s8aGFGArzZVR8s2dPOzU8/s400/11828810_1015668771787465_4366510651086711476_n.jpg" width="246" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Se me estás a ler, quero que saibas que tenho outra pessoa. Se me estás a ler, quero que saibas que senti algo que não sentia há muito tempo. Gostei de ti, amei-te, quis-te, até no mínimo prazer que me davas na cama. Fizemos planos, desenhei a linha do horizonte no teu peito para que soubesses que o meu amor por ti nunca teria fim.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Tentei ser o homem dos teus sonhos e acho que fui, tentei que me desses o valor suficiente para me manter na tua vida e tu na minha mas não aconteceu. Tive medo, mesmo depois de termos seguido caminhos diferentes, de mostrar-te que o meu coração já não te pertencia de todo, que hoje existe outra mulher na minha vida, que já não és tu. E às vezes mostrar a alguém que já não lhe pertencemos pode magoar mais do que imaginamos. Porque no fundo, é sempre mais fácil voltar ao passado do que seguir em direção ao futuro, mesmo que o presente nos leve ao colo. Sou exceção. Admito que o tempo ainda não te apagou dos meus dias, que o teu cheiro muitas vezes aparece debaixo da minha almofada e que as lágrimas caiam ainda sujas de ti. Admito ainda que foste a mulher e não uma mulher. Mas também admito que foi mais difícil fingir que não te queria nos meus braços, porque hoje não te quero e deixei de ter paciência para fingimentos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Se me estás a ler, quero que saibas que muitas vezes o amor pode causar feridas, mas a falta dele fez-me deixar-te e procurar o abrigo que nunca me deste. Não me culpes por não ter deixado que te faltasse alguma coisa. Se me estás a ler, quero que saibas que com ela senti o que nunca mais senti por ti.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Senti borboletas.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-59391211857944593632015-11-03T06:44:00.002-08:002015-11-03T06:44:27.869-08:00encontrei-me porque te perdi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_HGJYS4wf95TnnbP41vfwgwuCO04SfWCEZpqKLmS0bB3rFGQ79oGcRaAsbEVmMRD9_G_IT5OVAQfIzmKVfj0aGq7qRZk5xOFEAEe-VxLRj5ZNRjDfw8skzcojbFgC6GIEZjFuyjMb5q0/s1600/dkjk.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="397" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_HGJYS4wf95TnnbP41vfwgwuCO04SfWCEZpqKLmS0bB3rFGQ79oGcRaAsbEVmMRD9_G_IT5OVAQfIzmKVfj0aGq7qRZk5xOFEAEe-VxLRj5ZNRjDfw8skzcojbFgC6GIEZjFuyjMb5q0/s400/dkjk.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Saí de casa e procurei por uma razão que me fizesse ficar. Soltei os meus cabelos ao vento e derramei as lágrimas mais amargas que alguma vez deitei. Procurei por ti. Procurei pela razão que me fizesse correr para os teus braços e encontrar um abrigo. Não quis. Não me apeteceu. Não valia a pena. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Saí de casa com as malas mais vazias, saí de coração e mente vazios, saí com as mãos e pés atados. Sem destino, apenas fui. Percorri os caminhos mais sombrios e procurei pela tua sombra, a que hoje me assusta na escuridão das noites, onde me deito e penso para onde foi todo o amor que eu alguma vez senti por ti. Tranquei a porta e perdi a chave. Apeteceu-me apenas atirar-me à aventura de encontrar alguma coisa que talvez nem exista. Apeteceu-me mergulhar no destino mais profundo e mais longínquo, apeteceu-me apenas esquecer-me e esquecer os lugares onde deixei pedaços da minha vida. Quis naquela noite sentar-me num banco debaixo das estrelas e perguntar-me várias vezes se o céu será o meu chão dali para a frente, se o céu me levará para os caminhos que eu procuro e não encontro e, sobretudo, se me encontrará quando eu me perder de mim mesma.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Todas as vezes que eu contei as estrelas, alguma desaparecia e sempre que conto as vezes que podia ter mudado de caminho, foge-me a única razão que talvez não o fizesse. Tu. Hoje és o motivo mais estúpido de eu ter acordado na cama mais desconfortável e perceber que ninguém morre de amor e que eu não me podia habituar ao que tem de ser completamente verdadeiro. Vivemos num mundo onde amar é rotina, mas uma rotina cansativa, onde as pessoas fazem-no por favor, porque sim, porque faz parte. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Eu fazia-o porque era a coisa que mais me fazia sentido naquela altura, o que mais me fazia viver e sentir viva. Mas esqueci-me de relembrar ao meu coração que o amor não se pede. E eu pedi-o tantas vezes que decidi parar de o procurar em ti. Nunca mais o encontrei e por isso voltei a casa. Com a certeza de que única razão que me fará ficar, sou eu mesma. Com a certeza de que a tua sombra nunca mais irá aparecer nas noites mais escuras e nos dias mais vazios. Encontrei-me porque te perdi.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-4419794636472720192015-10-21T19:30:00.002-07:002015-10-21T20:19:08.499-07:00corpos estranhos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8wDoEW9LjEHRp8D_6jB5DL8Z_zEHCem8IxiedwDciNdWdp8BzFJxR12RQTo11vfWaRQWU23lnf98TtMr19Gsompqlz_Pz-8z1o1xoBcsLRpYaQwnDwqmx60PdLLamTS-CyQbtbQ5P8SQ/s1600/filipa1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8wDoEW9LjEHRp8D_6jB5DL8Z_zEHCem8IxiedwDciNdWdp8BzFJxR12RQTo11vfWaRQWU23lnf98TtMr19Gsompqlz_Pz-8z1o1xoBcsLRpYaQwnDwqmx60PdLLamTS-CyQbtbQ5P8SQ/s400/filipa1.jpg" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Tentei apagar-te da minha vida com vários homens na minha cama. Tentei, sobretudo, esquecer-te. Passaram cinco anos e as minhas pernas ainda tremem quando te recordo. Sinto a falta do teu amor, desse veneno que passou nas minhas veias quase a minha vida inteira, que quase me matou em noites mal dormidas, em manhãs vazias e em finais de tarde mal resolvidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tentei apagar-te das paredes do quarto onde trocávamos sonhos, agora arranhadas e manchadas de vinho - o vinho que me deste a provar e que odiei mas que há pouco tempo aprendi a gostar com a angústia de te ter perdido. Tentei remover dos meus dias as pequenas memórias, uma delas a imagem do fumo dos nossos cigarros a sair pela janela do quarto na madrugada em que decidimos recomeçar.<br />
Tento encontrar-te nas pessoas que passam por mim, nas que ficam e naquelas que nunca mais vou ver, nos lugares cheios e nos mais vazios, até nos que nunca sentiram a nossa presença. O teu amor que quase me matou é hoje o veneno que entra em todo o meu corpo e faz-me querer chamar por ti, nas horas que nos marcaram, nos minutos que nos abraçaram, nos segundos que nos devoraram.</div>
<div style="text-align: justify;">
O cinzeiro da sala continua cheio de cinzas, as que eu deito quando me vens à memória; de metade de cigarros que apago quando me apercebo que devias desaparecer da minha cabeça. Um cinzeiro cheio de tudo, cheio de conversas, as que partilhava com os homens que tive na minha vida - todos eles acompanhavam-me neste vicio e todos eles sabiam de ti.<br />
Desculpa se tentei matar-te com corpos e cheiros desconhecidos, com alguns orgasmos fingidos. Desculpa se vi neles uma fuga à ausência do teu ser. Desculpa se tentei ver neles a forma mais sincera de dizer a mim mesma que o meu coração já não te pertence, mas que te quer todos os dias.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-48138367693763164052015-10-11T08:09:00.001-07:002015-10-11T08:40:06.709-07:00estava presa em mim, por ti<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz-nK7Fd7Gk-Y4iH4b2Ezc9XZB7PmG7_XNdPUIAtnfFx6i3AfGRpk3WoTwHeHRt0nJOFd-a5tfaED149bEBLP3jF-I2JYONM0RCTe08KLxalhDi6XMdE7tCNc6ykusd_vsjAHqYw9q3SY/s1600/12068776_10206545763555253_5979419492053877459_o+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz-nK7Fd7Gk-Y4iH4b2Ezc9XZB7PmG7_XNdPUIAtnfFx6i3AfGRpk3WoTwHeHRt0nJOFd-a5tfaED149bEBLP3jF-I2JYONM0RCTe08KLxalhDi6XMdE7tCNc6ykusd_vsjAHqYw9q3SY/s400/12068776_10206545763555253_5979419492053877459_o+%25282%2529.jpg" width="400" /></a></div>
Estas palavras talvez sejam as últimas que te dedico, mas ambos sabemos que não. Não me julgues pela falta das mesmas este tempo todo, mas sabes que às vezes temos que pisar um chão nu para poder construir alguma coisa em cima dele. E a verdade é que pisei o amor que já não existe em nós para poder construir algo que me deixasse futuramente feliz. Andei de pés descalços este tempo todo, sem medo de pisar vidros ou de dar pontapés nas pedras, sem medo de não conseguir andar. Mas andei.<br />
Dei voltas ao mundo, os meus pés conheceram novos sentidos, mergulharam em novos mares, pisaram novas terras. Tudo isto para eu continuar a amar-te e, infelizmente, fizeste todo este caminho de pés protegidos. Foi opção tua colocares todas as tuas inseguranças no chão que pisámos, de colocares todas elas em cima de nós. Prendeste-me sem me conseguir libertar, doeu todos os esforços que fiz para conseguir permanecer no mesmo chão que nos levou tão longe, mas que ao mesmo tempo, não nos levou a lado nenhum. Estava presa em mim, por ti. Não era eu. Lutei para conseguir sair daquelas quatro paredes que imaginava na minha cabeça, a porta estava trancada, e as paredes todas arranhadas pelo meu desespero. Sufoquei.</div>
<div style="text-align: justify;">
E quando decidias destrancar a porta, não quis libertar-me naqueles segundos que me deixavas fazê-lo, sorrias do jeito que eu gostava e dizias "voltei", o que me fazia entrar na pura estupidez de te querer mais um pouco. Quando voltavas a sair, arrependia-me de te ter aceite mais uma vez, pois deixaste-me ali à mesma, presa numa completa alucinação de sentimentos, num completo ódio por ainda te amar tanto. Esqueceste-te apenas que não eram quatro paredes e uma porta trancada que me fariam ficar, eras tu.<br />
Pedi-te que tomasses atenção ao que eu não dizia e que percebesses as poucas palavras que saiam da minha boca em momentos nossos. Era pouca ou nenhuma a vontade de me refugiar nos teus abraços, a vontade de me relembrar do sabor dos teus beijos. Eram poucas as vontades. Foi grande o erro quando achaste que o mundo estava nas tuas mãos. Só não erraste quando sabias que eu te amava mais do que me amava a mim. Estavas certo, infelizmente estavas certo. Não quero que voltes, meu amor. Já chega de viagens feitas em vão, já chega de cumprimentos quando sabemos que haverão despedidas.<br />
Não quero que voltes, finalmente, não quero que voltes.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-44516300571504300682015-09-15T14:59:00.000-07:002015-09-15T15:12:54.048-07:00não pares para não pensar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs-SFc61foGeHSVQfOO3p1twR9JbzLD2iW4fXyI0mfBYYvocOp0xaX3-_03Ula3oAFd6uPYLvh_hbInck2IhzyNFmMZQsc_Nx-gyY5VvzoqUwi6QGz251ar_ZebPpJTkBS0K_ZOBpdw8g/s1600/tumblr_nln15ou5u51uoo1s3o1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs-SFc61foGeHSVQfOO3p1twR9JbzLD2iW4fXyI0mfBYYvocOp0xaX3-_03Ula3oAFd6uPYLvh_hbInck2IhzyNFmMZQsc_Nx-gyY5VvzoqUwi6QGz251ar_ZebPpJTkBS0K_ZOBpdw8g/s400/tumblr_nln15ou5u51uoo1s3o1_500.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Olhas para o céu e pensas que nada te faz sentido. Mas não penses. No fundo de todas as tuas vivências tens uma razão pela qual pertences a esta vida. Podes demorar a encontrá-la mas ela existe. Escuta, não podes acordar todos os dias e pensar no que vais fazer, apenas faz. Se não fizeres, não haverá razões suficientes para te aguentares no silêncio da tua alma, que às vezes se torna um silêncio berrante aos teus ouvidos. Tanto silêncio que coloca a tua cabeça em euforia total. Não te isoles, não chores. Mas grita, grita se quiseres. Corre e dá a volta ao mundo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Há quem diga "pára para pensar" e eu digo-te "não pares para não pensar". Ninguém espera por ti. Pensar por vezes é uma perda de tempo, podes pensar quando te deitares na cama antes de adormeceres, mas quando acordares, apenas levanta-te e dá um passo. Ou vários. O que custa sempre é percorreres um caminho sem saberes se vai resultar, se voltas de mãos a abanar ou se ficas por lá. Mas os caminhos foram feitos para os percorrermos. Com alguém ou sozinhos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Se calhar está na hora de perceberes que já ninguém constrói a vida de ninguém, se calhar já é tempo de saberes que o mundo também está nas tuas mãos e que também contribuis para a felicidade social, Mas não te esqueças: a tua está sempre em primeiro. Ninguém tem culpa dos teus problemas, já chega de culpares quem quer que seja, já chega de humilhares as pedras da calçada porque o teu dia podia ter corrido melhor. Só tens que acreditar que podes fazer sempre melhor, que ninguém pode deitar abaixo algo que construíste sozinho, que só tu tens o poder de controlar os teus pensamentos, as tuas lágrimas, os teus berros.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Confia em mim, não entres numa vida que não é a tua, não sejas alguém que nem se quer conheces. Entrar no desconhecido às vezes pode ser uma dependência inseparável de ti mesmo, podes habituar-te a algo que não és tu, podes criar situações na tua cabeça que não vão acontecer. Tu esperas que aconteçam, mas foste tu que quiseste entrar numa vida que não é a tua, e agora? Ninguém sairá de lá por ti. Portanto nem se quer o faças. Os dias passam, o tempo voa e as pessoas desaparecem aos poucos. Aproveita enquanto é tempo, aproveita enquanto podes chamar de vida a esta coisa estranha que te rodeia, que te encaminha todos os dias, que te afoga num mar de sensações e de liberdades.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-15264187174266610882015-09-15T13:42:00.001-07:002015-09-15T13:58:30.085-07:00silêncio, por favor<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPtYz1LsgVpsqQtUZW0FNhHJ3eQIfTH5RrLYveKyRYpwOeOgbJjtAojhcURt-N-TVwJ-eldYvnfI2JxXPfCvA3nYaNlPnU_vW8d-HMrJbNO5x0hk544vUZxLCXiFXUNSnmi4RddihH1MA/s1600/fkld.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPtYz1LsgVpsqQtUZW0FNhHJ3eQIfTH5RrLYveKyRYpwOeOgbJjtAojhcURt-N-TVwJ-eldYvnfI2JxXPfCvA3nYaNlPnU_vW8d-HMrJbNO5x0hk544vUZxLCXiFXUNSnmi4RddihH1MA/s400/fkld.png" width="307" /></a></div>
Entre aquelas quatro paredes, permanecemos ali calados. Confundindo pensamentos com o fumo dos nossos cigarros, com o barulho silencioso das chávenas de café a bater nos pires. O cinzeiro estava cheio, cheio de tudo ao contrário de nós. As palavras fugiram, tornámo-nos mudos assim que percebemos que estar ali era a mesma coisa que não estar, que dizer alguma coisa não iria valer de nada, porque a vida às vezes é muito assim, é fazermos algo com noventa e nove por cento das certezas de que nada vai mudar. E de fato não mudou. Gastámos tudo o que tínhamos um com o outro. </div>
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Talvez tenha sobrado um pouco de amor nesse tudo, para ainda conseguirmos estar frente a frente - e termos a ligeira paciência de ouvir os nossos olhares no meio daquele movimento todo -, mas penso que esse pouco de amor um dia volte a encher-nos os corações. Ou não. E é-me completamente difícil neste momento estar a tentar descodificar o futuro, enquanto que antigamente era o melhor que eu sabia fazer contigo; claro, só na minha cabeça, porque nada passava pela tua, apenas a tua mania de atrasado mental em achar que nada dura para sempre. Talvez hoje goste ainda mais de ti pelo que me ensinaste, por me teres salvo da vida florida e de Cinderela em que eu pensava viver.</div>
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<br /></div>
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- <i>Qual é a razão de estarmos aqui?</i></div>
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<i><br /></i></div>
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Penso que nenhuma. Outrora havia razões para estarmos neste mundo juntos, hoje já não as encontro.</div>
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Quiseste sempre medir tudo o que fizeste por mim, e já era muito para ti, era uma coisa estapafúrdia dares-me tudo aquilo à espera que te desse algo em troca. Meu querido, quando se ama alguém, dá-se o mundo inteiro, saltas a porra do muro de Berlim se te apetecer, vais à lua, escreves o meu nome e voltas.</div>
<div style="text-align: justify;">
No meio de voltas ao passado na minha cabeça, enquanto aqui estou sentada à tua frente, tenho vontade de ir embora, vontade talvez de te atirar a merda do copo de água à cara e dizer para não me apareceres mais à frente. De nos convencer que a vida é sempre um regresso a casa, mas nem isso me apetece. Apetece-me inventar mil e uma coisas só para acreditares que o amor é uma merda borrada que habita nos nossos corações, que nunca mais vais conseguir lidar com ele, sem mim; que qualquer outra mulher que te apareça à frente não servirá para ti. Apetece-me dizer-te que a tua vida será pobre porque eu já não faço parte dela, mas não vou dizê-lo. Não vou mandar-te à cara o meu egoísmo no amor, não vou armar-me em perfeita contigo. Nunca fui, nunca serei.</div>
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<br /></div>
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- <i>A razão de estarmos aqui é provarmos um ao outro, e mesmo a quem nunca soube de nós, que o silêncio é o melhor caminho para dois corações que já não se pertencem.</i></div>
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<br /></div>
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(acendi o cigarro e fui-me embora)</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-2455819720920165642015-09-10T13:19:00.001-07:002015-09-10T16:35:19.381-07:00com amor, o teu não merecido<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_3FnIfOY403wxbwkSIlZlHK0eKdxo4AQoVCdXDsB2NugH7R_wl9yVYOvZPCKf6g0H6XtnTpKYPfPmSavCCt2ZCcARqjtZ4kJpTP-pRqqGGHd8S20buswFHSA32lP7WcuUD8XZZxn7MNU/s1600/2015-09-10+16.18.53.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_3FnIfOY403wxbwkSIlZlHK0eKdxo4AQoVCdXDsB2NugH7R_wl9yVYOvZPCKf6g0H6XtnTpKYPfPmSavCCt2ZCcARqjtZ4kJpTP-pRqqGGHd8S20buswFHSA32lP7WcuUD8XZZxn7MNU/s400/2015-09-10+16.18.53.jpg" width="300" /></a></div>
Fugiste e eu tive que deixar-te ir.</div>
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<br /></div>
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Estou grato pelo tempo que passei contigo, fico extremamente feliz e arrepiado quando me vem à memória todas as tuas gargalhadas, todos os teus gestos meio estranhos mas que eram só teus, todo o teu cheiro que me levava à loucura. Sei ainda de cor todas as tuas curvas, sei ainda mais de cor o caminho que fazias com a língua quando percorrias o meu corpo, sei certamente que como tu não há ninguém neste mundo, e se houver iria-me saber a tão pouco quando és tão tudo. Tão única, tão verdadeira, tão minha. As tuas imperfeições faziam-me amar-te cada vez mais, nunca me arrependi de te ter conhecido, miúda. Mas sim de ter cruzado os braços quando via o barco a afundar.</div>
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<br /></div>
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Toda esta nostalgia me corrói por dentro, todo este vazio me comove quando me deito naquela cama onde em tempos também te deitavas. Ontem dei por mim a abrir a caixa das tuas fotografias, vi em todas elas a pessoa que conheci desde o inicio, que nunca mudou, por nada nem ninguém. Encontrei também todas as pequenas lembranças que me deixavas debaixo da porta cada vez que fazíamos meses de verdadeiro amor. Ainda te amo e a prova disso é que te deixei ir. Caí na idiotice de ainda achar que podia prender-te, mas não posso. Porque te amo. E talvez o amor seja isto mesmo, deixar que a pessoa encontre a felicidade longe de nós. Espero que assim seja. Sei que em todas as ruas alguém espera por ti, sei que em cada canto do mundo alguém grita por um amor como o teu. Sei que és especial aos olhos de muitos.</div>
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<br />
O amor passou a ser uma merda quando me obrigou a entregar-te à liberdade, quando me obrigou a vestir-te de saudade. Espero que sejas tão linda aos olhos de todos eles, como ainda és aos meus.<br />
<br /></div>
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Quem serei eu quando for vítima de um toque que não é o teu?<br />
<br />
Com amor,<br />
<br />
<i>o teu não merecido.</i></div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-55718455864281954132015-09-04T14:42:00.001-07:002015-09-04T14:58:24.078-07:00amores diferentes<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaEhlqREEkOp1X_p18GOoSoisyVvGsaeUpsLXGL4hYOVmUh1EoajQ2jPVpT1yhBn5_fl6mRQiTfbmldeGbm4rqd5yywniZp4DuDSJCo71UV067nJUsiTaXEz2jkKu87dodaoNxlbstjOU/s1600/tumblr_nfnqwttne81rks5xoo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaEhlqREEkOp1X_p18GOoSoisyVvGsaeUpsLXGL4hYOVmUh1EoajQ2jPVpT1yhBn5_fl6mRQiTfbmldeGbm4rqd5yywniZp4DuDSJCo71UV067nJUsiTaXEz2jkKu87dodaoNxlbstjOU/s400/tumblr_nfnqwttne81rks5xoo1_500.jpg" width="400" /></a></div>
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Podia ter dito que te amava, ao invés mostrei-te os cantos do meu mundo. Podia ter dito que serias minha daqui para a frente, ao invés preferi ser realista e lutei para que o fosses - nunca te prometi nada, pois o futuro é incerto. Nunca gostei dessas coisas; de as pessoas serem umas das outras, portanto quando te digo isto, quer dizer que, por mais ventos que te levem e que te tragam, terei sempre um pedaço teu dentro de mim, um cheiro suave que me simplificará a alma, a memória de um sorriso que me fará continuar a gostar tanto de ti.</div>
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<br /></div>
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Decidiste esconder-te num dos cantos do meu mundo para permaneceres em mim. Resolveste ser sonhadora e dizer-me que o futuro é inteiramente certo quando sabes que me amas. Pediste desculpa por dizê-lo. Disseste-o por teres tanto receio que tenha os pés assentes na terra, por saberes que não gosto de idealismos ao falar do futuro, quando o meu presente ainda não me deu a segurança de que necessito. Desculpa-me pela diferença significativa dos nossos corações. Desculpa-me também por não ter as palavras certas nos teus momentos errados. </div>
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Nunca irás ler o que escrevi porque elejo guardar para mim todo o amor que tenho por ti. Prefiro acordar todos os dias e ter a incerteza da tua permanência na minha cama, o que me fará andar em caminhos incógnitos para que saibas que caminharei muito para te fazer feliz. Mais uma vez desculpa-me por não ser cúmplice de um futuro autêntico, por não contar os meses ou os anos que talvez possa vir a estar contigo. Desculpa-me por pedir tantas desculpas. Penso que o mais genuíno na minha vida é saber que tudo é incerto, para que possa tornar o tudo em algo verdadeiro.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7225496970813383555.post-91237671849505960642015-09-03T18:29:00.004-07:002015-09-03T18:55:56.052-07:00mudança sem arrependimentos<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp2RXeV83HrohCezfRBLRdMFg0Cs77FrUt0WXBp3AL3AkiXXv0TeBUB8Ha1qgn-t2in2hyphenhyphenzpBfvD6zg3_goAu1kXBqrMtBMz220txBL-ve2BUSNBHRlL2uKuncJ9TIYrFgVfCl-2B4a5s/s1600/10487482_829698893717788_6055061545929102699_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp2RXeV83HrohCezfRBLRdMFg0Cs77FrUt0WXBp3AL3AkiXXv0TeBUB8Ha1qgn-t2in2hyphenhyphenzpBfvD6zg3_goAu1kXBqrMtBMz220txBL-ve2BUSNBHRlL2uKuncJ9TIYrFgVfCl-2B4a5s/s400/10487482_829698893717788_6055061545929102699_n.jpg" width="400" /></a></div>
As pessoas mudam, por mais palavras gravadas nas suas cabeças, por mais sorrisos sinceros ao virar a esquina. As pessoas mudam porque têm que mudar, a vida dá voltas e muitas vezes temos de dar a volta à vida e mudar o que somos, ou então passar a ser o que sempre fomos mas que nunca conhecemos. Com o tempo vamos descobrindo um pouco de tudo, até de nós próprios. Cheiros que deixaram em nós e ninguém os levou. Ficaram connosco, na nossa história de vida para mais tarde recordar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez o que eu fui até ontem não fosse eu mesma porque os dias não me deixaram abrir as asas ao tempo, tempo esse que nunca me deu razões para eu mudar de olhar, mudar de tiques e rotinas. Ontem voaram arrependimentos, voaram nostalgias, voaram beijos e abraços sepultados já há algum tempo em mim, ou na pessoa que não era eu. Hoje sou livre de tudo isso, talvez porque sempre fui apaixonada pela liberdade e pela minha independência, e nunca é tarde para compreendermos que, muitas vezes, é necessário saltar sem paraquedas: não para deixarmos falecer o que somos, mas para arriscarmos a ser algo diferente. Algo que o mundo precise.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por amor ou por falta dele, as pessoas mudam. Ou por demasiada confiança ou falta dela. Ou mesmo por tudo ou por nada. Mas mudam. E se foi por amor ou por falta dele...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
...lamento, mudamos todos pelo mesmo.</div>
filipa eça fonsecahttp://www.blogger.com/profile/00051960337100416184noreply@blogger.com0